segunda-feira, 8 de outubro de 2007

De repente, a saudade vem e fazes-te tão presente.
Viajo ao passado, um passado de felicidade tanta...
Onde fomos amigos, fomos amantes...
Fui sim, teu amigo, teu amante, teu pai, teu irmão...
Todos os homens de que precisavas.

O homem que te entendia, que te amava e satisfazia , que te alimentava, que te abraçava...
Lembro com dor, inerente aos que amam tanto como eu.
E sinto em minhas noites de vigília, insone, como se estivesses aqui.
No meu quarto, na minha cama, a nossa cama...

E me vem o cheiro do amor...Noites e tardes e manhãs tão nossas, ímpares...

Chego mesmo a sentir o calor...O teu calor quando eu me acomodava dentro de ti.
Quando me perdia e aconchegava na alves do teu corpo...
Em movimentos suaves, lentos, rápidos...

Beijando tua nuca e sentindo tua respiração ofegante em gemidos de prazer.

Teus olhos que, semi-cerrados, reviravam no momento e na plenitude do gozo...
Na minha lembrança, tão viva ainda, escorrego lentamente para fora de ti.
E teus lábios me procuram e me beijam, beijo quente e apenas o teu cheiro invade o quarto.
O bis e a coca cola do depois, o cigarro nos teus braços... teu cheiro forte de suor.
Tu por inteiro, que eu tanto amei e, não sei, ainda amo.
Lembro de ti em mim, pouco a vontade, mas ávido em me satisfazer, e o fez...
Fui teu homem tantas vezes e te recebi como meu...
Hoje és uma lembrança, uma sombra da felicidade que experimentamos.
Nunca vou te esquecer...Vou te ter sempre aqui comigo.

Acordo suado...teus lábios no meu sexo...

Não estais ali, mas teus lábios me tocam como outrora.
Sinto-me explodir num gozo que tantas vezes foi teu...
"Bebias-me" e era a melhor sensação que um h0mem pode experimentar.

Não serei mas teu homem...
Certamente beberás do amor de outro...

Mas sem ter nunca amor igual ao que eu te dei!