quarta-feira, 17 de outubro de 2007


Asas...
by Vinícius Ulrich.


Vôo nas asas da liberdade...
Asas negras, amplas,
Ágeis, sem divindade...
Soltas no ar, grudadas a mim,brancas...


Olho do alto e o todo me assusta,
Não consigo ver, olhos atentos.
Quanto essa tal liberdade me custa?
Ausência dos beijos longos, lentos...


Olfato a procura do teu cheiro forte,
Que, hoje longe, nada distante,
Funde-se ao cheiro da morte.
Doce... Agre desejo constante.


Pago dela o preço. O ar que respiro.
De noites tantas ao lado teu,
Sorrisos de algodão doce e suspiro.
Infância e maturidade, perdidas no breu...


Da noite de estrelas salpicadas,
Frias, lindas, no infinito assustador,
De um céu outrora claro, noites enluaradas,
Tocando teu corpo branco, sem pudor...


Confundo-me, perdido e assustado,
Nada sendo sem teus olhos a me cuidar,
Um menino em homem acoado.
Sem por vir sem teu sexo...sem amar.


No farfalhar das brancas asas negras,
Brinca, meu desejo de anjo e trevas,
Elas se soltam, sufoco. Teu desprezo, incertezas,
Despenco, abismo solidão, a falta do ar que me levas.














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