domingo, 27 de janeiro de 2008




Covarde.
by Vinícius Ulrich



Já vivi tantos amores,
Bebi do néctar, provei do fel...
Na dor de uma separação,
Comunguei com a deusa do amor.

Na plenitude que só conhecem os que amam,
Deitei me com a morte e seu beijo frio
Andei por verdes prados, montanhas em ruínas,
Lagos cristalinos de águas barrentas.

Vi crianças que choravam a fome...
Crianças que tem fome e choram
Choram o beijo que nunca ganharam,
O aconchego do colo materno...

Choro covardemente a minha dor.

Dor de um amor que de tão lindo,
Fez-se breu em meio ao céu de sol brilhante.
Estrelas se calaram sem brilho, sem poesia.
Trago nos olhos mais que a saudade.

Duas pedras de jade, porém opacas.
Na busca do nada, sonhando um passado.
No sonho de um tudo perdido no presente.
Hoje minha alegria é triste.


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