sexta-feira, 11 de abril de 2008




Realidade.
by Vinícius Ulrich



Eu, turista de mim mesmo...
Pirata em busca do tesouro que escondi.
Cavando num peito machucado,

Da saudade do tanto que não sei onde...
Não sei quando e como se foi de mim.

Eu, palhaço sem picadeiro...
Sem aplausos, sem cortina que se fecha.

Personagens como vultos passam, passeiam por mim.
Cenas, cenários , farsa verdadeira numa realidade insana.

Eu, meu próprio algoz.
Açoite na madrugada fria...

O sangue escorre de fendas às costas.
Poça, vermelho vivo, aos meus pés brancos arroxeados.

Eu, redentor de mim mesmo.
Erguendo o braço num gesto de vitória.
Sorrindo o melhor dos sorrisos.
Amando especial ódio, aos que me magoaram.

Eu, apenas humano.

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