domingo, 8 de julho de 2007



Alarmes.
by Vinícius Ulrich


Deixa-me entrar pela porta da frente.
Beijar sua irmãzinha na testa,
Afagar seus gatos, fazê-los ronronar

Beijar sua mãe na face,
Olhando-a nos olhos,
Agradecido, por você estar aqui.

Sentar para conversar com seu pai,
Discutir política,
Falar sobre o tempo ou sei lá o quê.

Ver o noticiário, tranqüilo,
Pernas esticadas e "havaianas".
Comentar as notícias...

Depois, fazer a pipoca da madrugada,
Assistir, preguiçoso aquele filme repetido.
Que já vimos milhares de vezes.

Cochilar na frente da TV,
Olhar seu rosto adormecido...
Tomar você nos braços e apagar a luz.

Então, amá-lo como se a última e a primeira vez.
Sentir seu corpo quente buscando meus lábios...
Amá-lo suave ,"boa pegada" como ninguém o fez!

Você me deu a chave,
Mas não desligou alarmes...
Medos e fantasmas do passado.

4 comentários:

Anônimo disse...

Decifrar os desejos e sonhos do outro é privilégio de poucos. Parabéns... Abraço!

Anônimo disse...

Vinni,

Lindo a poesia.......vc sabe o que dizer com poucoas palavras,te adorooooo beijos

Anônimo disse...

Vinni,

Vc é sensacional em tudo que faz............Sem comentários.beijos no coração!!!!!!!!!Mi

ROMERO, Murillo disse...

Muito bom o poema. Uma rotina vivida, mas já passada.
Gostei desse verso, o ultimo, "Você me deu a chave,
Mas não desligou alarmes...
Medos e fantasmas do passado."
O eterno desprendimento do passado que lutamos para que não nos acompanhe mais, mas que vire e mexe retorna para nos afogar em tristezas e saudades.

Saudaçoes Mestre Poeta!