terça-feira, 24 de fevereiro de 2009


Vento...
by Vinícius Ulrich.



Hoje o vento amanheceu na cidade,
Varrendo o que de ruim ficou.
Leva consigo a minha saudade.
Deixa a dor a quem me magoou.

Não!
Leva também as tristezas,
De um coitado, que tem a ilusão,
De viver do mundo, apenas sua beleza.

Um coitado de incapacidade tanta,
Que não consegue enxergar,
O muito que o poeta decanta,
A forma mais limpa ( e linda) de amar.

Leva também medos e incertezas,
De um coitado com vãs esperanças.
Não enxerga, do amor a sua grandeza.
Não entende,simplesmente não alcança.

Ah vento amigo, traze-lhe a felicidade.
Leva apenas, do peito desse coitado,
A mentira...A ilusão...A falsidade...
Para que,algum dia, seja outra vez amado.



Como foi...E muito e tanto!
Vento, vento, vento...






3 comentários:

Claudia Assencio disse...

Isso que é um carnaval bem aproveitado, é alimento para alma dos que leem e acalento para quem escreve, no desejo de se saciar. Já dizia o poeta, que o artista é um eterno insatisfeito, quer viver e tirar da vida aquilo que os olhos e coração não dão conta de digerir sem o auxilio das palavras, mímesis e arte ao mesmo tempo.

Parabéns amigo, saudades!

ROMERO, Murillo disse...

Começo a ler seus poemas do blog pelo fim. E vou aos poucos tentando me colocar em dia.
Já não garanto que consiga, pois agora começa os estudos pós carnaval. A minha mamata acabou!
Sobre este poema do vento, já não é a primeira vez que o vejo, está no seu perfil do orkut.
Mas o vento nada mais é do que nossas humildes orações; orações de poeta, diga-se de passagem, que pede um amor, pede pra poder enxergar o modo de se viver nesse mundo. Ah, o uso do vocativo prara o vento foi bem usado, pois ele leva e tras coisas; e sentimentos são o tipo de coisa que não conseguimos extrair ou embutir em nós, sem ajuda de um agente externo. O VENTO!
Parabéns...

Fico por aqui, pois já está tarde.
[E as vezes falo muito, mas gosto de comentar o que eu entendi do poema. E ver o ponto de vista do escritor, e aprender.]

Saudações Poeta!

Beth, Betinha, Betita ... não sou eu quem me chama! disse...

o vento leva e tras, espalha e junta.